Catequistas: Espírito de Serviço e Relação de Amor

 

Maquinelle Furtado

Quando desempenhamos uma função, seja ela paga ou voluntária, estamos constantemente construindo (ou destruindo) nosso trabalho, nossa motivação no desempenho dessa função.

Ao norteamos nossa disponibilidade num caminho sadio à luz de Nosso Senhor Jesus Cristo – Eu não vim para ser servido, mas para servir – tornamos essa disponibilidade num frutuoso trabalho de evangelização, em que o serviço sobrepõe às dificuldades.

O sucesso de nossa atuação e o tempo que permanecemos neste sucesso está diretamente relacionado a como nossa atuação está associado ao espírito de serviço e a relação de amor.

A palavra “servo” vem de servir e muitas vezes é confundido como o sentido pejorativo de “escravo”. Ao confundirmos com escravidão, logo nos vem a mente, uma sensação de estarmos sendo dominados, escravizados.

Como mais forte exemplo de servidão, Jesus ao dizer que veio a humanidade para servir, representou o significado de servo na essência, onde há a expressão de busca da satisfação das necessidades dos outros. Enquanto que escravidão representa a satisfação das vontades dos outros.

Servo = busca satisfazer as necessidades dos outros.

Escravo = busca satisfazer as vontades dos outros.

Então nosso trabalho deve ser avaliado constantemente: “Estou me sentindo escravo ou servo?”

Quando sacrificamos nosso tempo e disponibilidade e com isso nos sentimos bem, ainda estamos no verdadeiro sentido de serviço, de servir. Contudo, se nos sentirmos como se estivéssemos  cansados, carregando um fardo, infelizmente é sinal de que nos tornamos um escravo, onde forçosamente já não realiza sua função com o sentimento de conquista.

A doação por inteiro se faz principalmente se há amor. O amor é a essência de todas as ações. O amor é o caminho que ultrapassa e enaltece todos os demais dons. A motivação, a disposição, o serviço existem somente quando há amor naquilo que fazemos e principalmente se o amor não for superado por outro sentimento ou desejo.

A nobreza dos gestos não depende apenas do gesto em si, mas se nele há amor.

Quando alguém já não se sente tão bem num grupo ou no desempenho de sua função, muito provavelmente está prestes a se desligar do grupo. Dando espaço para finalizar seu trabalho junto ao resto da equipe pastoral. Esta saída se dá de várias maneiras, as vezes os motivos são por que( não tem mais tempo (ou alguma outra desculpa frágil), mas essa é uma conseqüência fruto de uma atuação sem serviço, amor ou vontade. Nós fazemos o “nosso tempo”, “nossa  duração” num grupo. E esse tempo vivido só será frutuoso se houve vontade, é ela que vai nos fazer superar as dificuldades.

E não confunda, Vontade é diferente de desejo.

Vontade = serviço + amor

O serviço e o amor criam a vontade necessária para um bom trabalho.

 

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