O poder da Confissão

Mal sabemos, mas a confissão juntamente com a partilha e a convivência são as melhores coisas para nos renovarmos com o bem. Além disso,  confessar-se, partilhar são tão comuns ao nosso cotidiano, tanto quanto conviver. Este artigo mostra partindo da noção correta de confissão, a importância de esvaziar-se. Para isso veja alguns aspectos importantes sobre confissão!

1º - A confissão não é uma obrigação. É uma necessidade.

Não deve ser visto como um fardo de uma obrigação.

Deve ser sentido como um alívio no coração. Daí a importância do sentimento de partilha, amizade e acolhimento, pois a partir da visão do outro, você vê o que está pesado em você.

 

2º - Confessar-se com Deus e confessar-se com o padre

A confissão existe em dois aspectos. O primeiro aspecto é a confissão com Deus. Essa forma gera uma relação de intimidade. Quanto maior a intimidade, maior a capacidade de falar naturalmente o que a gente tem de bom e ruim. Reconhecer nossas falhas é o primeiro passo para mudar e evitar cometer os mesmos erros. Isso é uma prática sadia e frutuosa. Dizemos que essa é a confissão no contexto da oração. Confessar as fragilidades a Deus como fazemos com naturalidade aos amigos.

Já como segundo aspecto, no contexto sacramental, a confissão tem caráter terapêutico, por que na partilha, torna-se um “desabafo” onde colocamos pra fora o pecado que nos machuca por dentro. É na partilha que damos a oportunidade de outra pessoa ver sob outro prisma nosso comportamento, notar nossas falhas e nos orientar.

Por isso que é sacramento, por que é sagrada, coisa de Deus, retira a impureza da alma só pode ser coisa de Deus, Sagrado, Sacramento. É como se aliviássemos o peso de uma agonia ao conversarmos com o mais confiável amigo que temos.    

Esse é o papel do padre na confissão. Sem falar que confessar-se para uma pessoa que lhe é estranha, reconhecer seus erros para alguém que não lhe é muito próximo, torna mais valoroso o sentimento de reconciliação com Deus, por que a vontade de não agir mais daquela maneira é tão forte que supera o constrangimento de reconhecer os erros a quem não somos muito próximos.

Para que isso ocorra, ou seja, para que a confissão tenha esse poder de nos curar das mazelas que sentimos dentro de nós, devemos nos sentir a vontade, assim como se estivéssemos conversando como fazemos com os amigos de escola, de infância.

O grande problema se dá na maneira de como enxergamos a confissão enquanto sacramento. Geralmente temos a impressão que o padre será o grande inquisidor que julgará nossas falhas. Cria-se um aspecto de medo e insegurança. Cria-se um sentimento de que a confissão é algo doloroso. Antigamente a confissão era algo extremamente impessoal, onde no confessionário não se via quem estava confessando os pecados, onde o padre dava uma formula para aqueles pecados através de uma penitência dolorosa.

Mas o mais bonito é que não se conta pecados para o padre, mas para o Cristo que ele ali o representa, o padre, pois tem que olhar para a pessoa como Jesus olharia, acolher a pessoa como Jesus acolheria. Neste momento não a temida condição do padre inquisidor, mas a de Jesus acolhedor. Temos que sentir como se tivéssemos a oportunidade de retornar a 2000 anos e estar diante do próprio Jesus em toda a sua essência e misericórdia. Imagine Jesus na condição daquele melhor amigo, ao qual sem sombra de dúvidas confessamos nossas angustias e nos sentimos melhor por colocar essas angustias pra fora.

O que nos faz querer estar perto de quem amamos, além de sentir que somos amados é também a vontade de nos livrarmos do que nos pesa, para nos aliviarmos dos fardos da vida. E sabe como fazemos isso? Confessando, partilhando e convivendo. Por exemplo, a saudade é um “peso” um fardo que machuca. Como curamos a saudade? Estando próximo de quem amamos, pois estar próximo nos permite conviver, partilhar. Quando não podemos estar próximos nos resta confessar nosso amor seja pelo telefone, carta, internet, etc.

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